Há situações contra as quais não vale a pena lutar.
Quando o profeta Jeremias anunciou ao povo de Israel que não deveriam resistir ao exílio babilônico, ele sabia que essa luta seria em vão e traria consequências severas. Da mesma forma, quando o Senhor revelou ao profeta Habacuque o que aconteceria a tribo de Judá em relação aos caldeus com tanto sofrimento, ele declarou sua submissão: “Ainda assim, eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.”
Daniel foi levado cativo à Babilônia, onde serviu até sua morte, e em momento algum se opôs diretamente à soberania do rei.
Existem verdades já estabelecidas contra as quais lutar é inútil.
A internet, embora completamente diferente do exílio babilônico, também é uma realidade incontestável. Não adianta resistir à sua presença em nossas igrejas. Ela não é uma tendência do futuro—ela já faz parte do presente. Quem não ocupa seu espaço digital torna-se alienado, pois a internet permeia todas as áreas da vida profissional e educacional. Assim, também deve ser uma realidade na esfera espiritual.
As igrejas precisam oferecer alternativas saudáveis para o acesso à internet, pois seus jovens e adolescentes já estão conectados todos os dias.
Certa vez, ouvi um pregador dizer: “É no silêncio do quarto, longe de todos, diante do computador, que se revela o caráter de pedófilos, viciados em pornografia e praticantes de pecados ocultos.”
Gosto de pensar que a internet só é vista como vilã porque muitos dos defensores da sã doutrina negligenciam a importância de ocupar esse espaço virtual. Ao invés de simplesmente condenar seu uso, devemos oferecer alternativas eficazes, principalmente para nossos jovens e adolescentes.
A tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa a serviço da fé. Utilizar a Bíblia digital, aplicativos para grupos, cartazes virtuais, grupos de WhatsApp, playlists gospel e redes sociais que integrem os membros da comunidade são formas valiosas de alcançar esse público altamente conectado. Se os celulares os mantêm ligados o tempo todo, por que não usar esse mesmo meio para aproximá-los da Palavra e da comunhão cristã?
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